Boa noite, meus leitores. A resenha de hoje é sobre um livro incrível e que às vezes apenas batendo o olho não se percebe o quanto. É por isso que estou aqui para contar tudo o que eu achei de: “Uma Vida Para Sempre” da autora Simone Taietti. Mas antes que eu comece a falar sobre a obra, tenho uma pergunta a fazer e que irá definir se está pronto ou não para tal trama;
Você está disposto a ler uma história que mudará a sua vida para sempre?
Autora: Simone Taietti
Editora: Novo Século
Ano: 2014
Avaliação: 6/5 – Favorito
Sinopse: Ethel diz estar morrendo. Contudo, não afirma isso apenas em razão de sua doença. Talvez a única certeza de nossa existência seja a morte, o fato de que ela chega para todos. Mas nem por isso deixa de ser a maior incógnita da vida.
Em um hospital, em meio à dor das histórias dos pacientes, Ethel encontrou amigos. Entre passeios em cemitérios, frequentando velórios e enterros de estranhos, ela tenta preparar a si e aqueles que ama, para o que parece estar ali tão próximo, o fim. Entretanto, não esperava enfrentar algumas surpresas que a fizessem duvidar de tal preparação.
As estatísticas ruins, a inexorável passagem do tempo. Onde reside a lógica disso que nos arranca pedaços, da súbita inexistência do que outrora era vívido e pulsante? Um corpo que jaz. Palavras que se perdem. A finitude de tudo o que é tão belo talvez seja a maior dor do mundo.
Uma vida para sempre é um compilado de desejos, pensamentos e dias. Quanto dura o para sempre?
Já imaginou ser incapaz de sentir qualquer dor? Já teve vontade de poder não sofrer com aquele machucado, ao quebrar alguma parte do corpo ou até mesmo aquelas dores que nos incomodam no dia-a-dia?
Bom, deixe-me apresentar Ethel, a personagem principal da história que possuí 18 anos, e cuja realidade é exatamente essa. Por possuir uma “doença” bastante incomum, conhecida como CIPA , que nada mais é que uma Insensibilidade congênita à dor e Anidrose .Explicando melhor, ela é incapaz de sentir qualquer dor física ou transpirar, mas ao contrário do que muitos pensam isso não é algo desejável, na verdade, ao longo da leitura você vai descobrir que sentir dor é um privilégio, para o qual muitos não se dão conta, e como o nosso corpo é incrível até os mínimos detalhes.
E é através de seu diário onde relata tudo que acontece em seu cotidiano é que iremos descobrir e aprender a cada dia uma importante lição, apesar de jovem ela é extremamente sábia e possuí uma grande preocupação por sua mãe. Sabendo que sua vida é uma constante luta contra o tempo e que de acordo com as estatísticas ela nem deveria estar viva, todos os dias ela tenta se preparar e preparar aqueles que amam a aprender a lidar com a morte, o que não é algo fácil e muito menos bem visto principalmente pela sua mãe que insiste em fugir desse assunto, mesmo que a morte seja algo que independente de idade ou condição acontecerá em algum momento.
“A partir daquele momento eu aprendi a não confiar nas pessoas quando elas dizem que tudo vai ficar bem. Também passei a elencar outro assunto que se mostrou muito interessante para as minhas pesquisas autodidatas: a morte, o que para mim parecia tão iminente quanto à chegada do outono, logo dali a pouco mais de um mês.”
Já não bastasse os exames constantes, a auto avaliação em busca de machucados que possa não ter sentido e a superproteção de sua mãe, ao ir a escola sempre se tornava um alvo para as outras crianças. Afinal alguém que não sente dor é algo que levaria qualquer um a ter curiosidade, porém no caso do colégio isso acaba em demonstrações que apesar de não causarem nenhuma dor a ela, causavam um mal terrível ao seu corpo. Em toda sua vida escolar possuiu apenas uma amiga, Catarina, porém ao começar a ter aulas particulares em casa e com o passar do anos essa amizade forte foi se perdendo, deixando apenas memórias, algo que foi ensinado para Ethel ser algo importante e crucial.
“ – Mas do que a vida é feita, senão de lembranças, Edite? Você precisa aprender que isso é tudo o que nos resta depois que o tempo passa.”
Ethel, no entanto, não se destaca apenas pela sua incapacidade a dor. Ela não liga para ir a festas e seus melhores momentos são passados no hospital, ao qual vai duas vezes por semana para fisioterapia, ao lado de outras pessoas doentes. É lá também que ela irá conhecer Victor, um jovem que possui Leucemia e que irá mudar sua vida de um jeito que ela jamais imaginou.
“Sempre fugimos da normalidade, mas só até o exato ponto em que percebemos que a normalidade provavelmente está atrelada aos melhores momentos de nossas vidas.”
Ao longo da leitura, o livro, em alguns momentos me lembrou muito um grande sucesso literário: A Culpa é das Estrelas, porém Uma vida Para Sempre consegue ser único e maravilhoso, uma obra que encanta e emociona a cada página e que nos ensina valiosas lições com suas histórias. Eu não esperava gostar tanto quanto gostei, não esperava me envolver tanto quanto me envolvi e aprender tanto quanto aprendi. Inclusive me arrisco a dizer que é um livro que todos deveriam ter contato, pois realmente é algo que mudará a sua vida e seu jeito de observar o mundo. Afinal não é apenas algo que acontece só em livros e sim que mesmo que não tenhamos contato existe!
Foi uma experiência incrível e não me arrependi em nenhum momento, mesmo nas partes tristes e mesmo com os temas pesados abordados não torna a leitura cansativa ou chata, para mim isso só me incentivou a querer ler mais e saber o que iria acontecer e torcer pela Ethel, pelo Victor e principalmente agradecer pela vida.
Se você gostou de ACE, você irá gostar dessa obra e mesmo que não tenha feito muito seu estilo, de uma chance e leia, você irá ver como Simone irá te surpreender com sua escrita! Eu amei ACE, mas digo que gostei bem mais desse. Então não deixe de adquirir seu exemplar e saber tudo sobre ela, os links estão a seguir:
Mais informações sobre o livro:
–Fanpage;
–Skoob;
Onde comprar:
–Saraiva;
–Amazon;
–Americanas;
–Submarino;
–Livraria da Folha;
Espero que tenham gostado da resenha e não deixem de comentar sobre o que acharam! Espero vocês e espero que possam ser conquistados assim como eu fui!
Um super beijo da Brooke.