Resenha: A Escolhida – Amanda Ágatha Costa

maio 19 2015

               Bom dia, como vocês estão? Hoje eu estou trazendo para vocês uma resenha sobre um livro que desde o momento que o vi e li sobre sua história me conquistou pelo diferencial que apresenta em relação a outros desse gênero. Muito bem escrito e desenvolvido a autora Amanda Ágatha Costa nos envolve em sua realidade e não nos instiga a devorar as páginas da forma mais rápida possível como se tivesse nos hipnotizado! O livro de hoje é A Escolhida e só não irá querer se aventurar aqueles que possuem medo do mundo sobrenatural  😉

Autora: Amanda Ághata Costa.

Editora: Independente

Ano: 2015

Avaliação: 6/5 – Favorito

Sinopse: Em uma cidade repleta de pessoas desconhecidas, Ari poderia ser apenas mais uma garota dispersa na multidão, como tantas outras que foram abandonadas pelos pais desde a infância. Devido à sua aparente doçura e beleza, ninguém seria capaz de supor que, além de um anjo, ela também é um demônio com sede de poder. Os espertos deveriam manter-se distantes, mas há olhares que não deixam de admirá-la. 

Egran não desperdiçaria a chance de apoderar-se de habilidades tão interessantes: ela é a escolha perfeita. Entretanto, nem todos se sentem realizados. O círculo seria um refúgio ideal para os demais feiticeiros, se o próprio líder não os tratasse como marionetes descartáveis. Movidos pelo medo e controlados pelo mestre, os componentes do grupo obedecem, sem pestanejar, às ordens recebidas. Ao se ver arrastada para lá, Ari se encontra diante de situações improváveis, arriscando-se a expor mais do que gostaria. 

Para ela, sentir é algo que sempre esteve fora de seus limites. Não poderia vivenciar qualquer forma de emoção, esta era a promessa. Até que Luke surge em seu caminho e abala as estruturas congeladas, derretendo-as e modelando novos conceitos. O amor realmente fará brotar a alegria? Ou irá arrastá-la diretamente para a morte? O passado obscuro de Ari será o suficiente para fazê-la estilhaçar de uma vez por todas, não restando oportunidades para uma nova tentativa de se isolar do mundo.

                Você já se sentiu diferente de todos a sua volta? Já teve o sentimento horrível da rejeição ou um vazio que não é preenchido por nada e nem ninguém? Se sua resposta foi sim, então você sabe um pouco sobre como é a realidade de Ari. Abandonada pelos pais, sem saber ao certo quem é ou o que é, e com desejos ruins e incontroláveis dentro de si ela só sabe que não é igual a todos com quem convive, principalmente pelo fato de possuir asas (mesmo que não belas e grandes quanto às das histórias), e uma espécie de maldição e de despertar nos outros uma terrível sensação de medo .

                Apesar de preferir a solidão ela já teve a oportunidade de conviver com uma mulher extremamente doce e gentil, Lina, que a salvou das ruas, lhe deu um lar, carinho, amor e que nunca deixou de acreditar em sua parte boa, mesmo que Ari saiba que esse lado não existe independente de quanto tentem acreditar no oposto. Agora já grande ela voltou a sua vida de reclusão, matanças e solidão e não se sente incomodada com isso ou tem remorso pelo que faz. Junto a seu companheiro fiel arco e flecha ela encontra seus maiores momentos de prazer ao matar e ver a vida se esvaindo aos poucos de suas vitimas preenchendo o vazio que a atormenta desde que se conhece por gente.

                Aos poucos ela vai nos mostrando como foi sua infância até os dias atuais onde ela se encontra a procura de sua mais nova vitima e de seus momentos escassos e raros de prazer. No entanto, o que ela não esperava era ser abordada por dois desconhecidos muito mais poderosos que ela lhe dizendo que agora ela estava sendo convidada (mesmo que não lhe deem outra escolha a não ser a morte) a fazer parte de um local que eles chamam de Círculo.

Porém logo fica claro, tanto para nos leitores, quanto para Edlun e Luke que não será fácil fazer com que ela obedeça e se encaixe naquilo que desejam. Ari jamais se deixaria ser controlada não importa o quão poderoso se mostrasse seu adversário e isso fica bem claro em seu primeiro contato com o Mestre daqueles que a levaram para lá.

“– Não. – Permaneço ereta, sem mexer um centímetro do meu corpo – Não vou reverenciar, nem apaudir, muito menos fazer de conta que estou gostando disso. Se você aprova essa situação, sinto muito. Eu não tenho por que idolatrar o seu chefe.”

                Conforme vai convivendo com um deles, Luke, que é capaz de saber mais sobre ela do que ela mesma, sentimentos estranhos e sensações inusitadas vão aparecendo pelo seu corpo e se infiltrando em seu coração.

“— Você adora a minha presença, confesse. — ele sorri com os lábios, com seus olhos negros brilhantes, com todas as moléculas de seu organismo. — Não é capaz nem de desgrudar de mim.”


Sua determinação aos poucos vai diminuindo diante de tudo que acontece.  O vazio que sempre a acompanhava começa a ser preenchido por aqueles que ela julgava como inimigos. A fé dessas pessoas nela, em que ela pode ser melhor começa a leva-la a acreditar que realmente pode ser alguém melhor, mesmo com tudo que ela é. No lugar mais inusitado ela irá encontrar o que sempre procurou: o amor.

“O ar deixa meus pulmões, enquanto Luke não me responde. Céus, o que fiz para merecer? Ele não poderia ser igual aos outros?”

O que antes se mostrava ser a pior coisa que poderia acontecer com ela, acaba se mostrando uma das melhores coisas que aconteceram a ela. Mas até quando? Até quando se entregar e se deixar envolver é seguro? Afinal se você se deixa ter sentimentos a chance de se machucar é alta, valerá a pena por aqueles que talvez nunca consigam entende-la completamente?

“A paixão é uma das maiores fraquezas. Entre todas elas, é a mais perigosa. E, simultaneamente, a que provoca as melhores sensações.”


Ela pode ser a única chance de fazer com que todo o sofrimento acabe para aqueles a sua volta, mas ela está disposta a fazer isso por pessoas que sempre foram ensinadas a não se aproximar ou gostar? Em um mundo de diversos seres sobrenaturais o ódio é o sentimento mais presente entre todos, as raças não devem se misturar é o que sempre dizem, mas será que isso é algo realmente ruim se acontecer? Ou é apenas algo que todos estão habituados a acreditar?

“O comodismo é o grande mal do século.”


Uma história incrível que  nos mostra o poder do amor e da amizade que nos ensina a não julgar baseado no que dizem, e que é possível, sim, estar sozinho em meio a um monte de pessoas, assim como estar completo com apenas uma.


A autora tem uma escrita leve, fluida e apaixonante, do tipo que te faz querer ler todas as paginas rapidamente ao mesmo tempo em que você deseja nunca acabar a leitura. E eu só posso dizer que estou extremamente curiosa para saber como essa obra, tão diferente das que geralmente encontramos, irá ser desenvolvida em seus próximos volumes. Eu, particularmente, quero o próximo para ontem!


É impossível não se apaixonar e ser cativado pelos personagens. Sofrer, sorrir, suspirar e se apaixonar são sentimentos que todos os leitores são levados a sentir durante a leitura, um livro mais do que recomendado para quem gosta desse tipo de leitura e até para os que não gostam, talvez essa obra possa te fazer mudar de ideia! 😉 Eu espero que tenham gostado, e não deixem de comentarem acerca sobre o que acharam, é sempre bom saber a opinião de vocês.


Um super beijo da Brooke.