Resenha: Réquiem Para Um Assassino – Paulo Levy

maio 21 2015

                Oi, meus amores. Hoje estou aqui para contar todos os detalhes da minha experiência com a obra Réquiem para um Assassino, o livro de nosso autor parceiro Paulo Levy,  com uma imensa capacidade de prender o leitor e surpreender até a última página. Não sei se sou eu que estou perdendo minha prática ou os autores que estão cada vez mais desenvolvidos, mas eu não fui capaz de ter certeza e apostar em um assassino até as últimas páginas! Para quem gostam de ser surpreendido e se sentir dentro de uma investigação de verdade, esse livro é altamente recomendado 😉 Vem comigo descobrir mais detalhes sobre essa trama;

Autor: Paulo Levy

Editora: Bússola

Ano: 2011

Avaliação: 4/5

Sinopse: Parecia uma manhã como outra qualquer na pequena Palmyra, uma cidade histórica no litoral do Rio de Janeiro. A caminho do trabalho, o delegado Joaquim Dornelas se espanta com um movimento incomum nas ruas. Diante da Igreja de Santa Teresa e da Antiga Cadeia, no Centro Histórico, uma multidão observa o corpo de um homem atolado na lama seca do canal. Ninguém sabe como o corpo foi parar lá. Não há sinais de arrasto, marcas de barco, violência, ferimentos, nada. Apenas um band-aid na dobra interna do braço esquerdo. Abandonado pela mulher e longe dos filhos, o delegado Dornelas, um tipo humano, amante de cachaça e de mingau de farinha láctea, se envolve de corpo e alma no caso em busca de salvação. Sem aviso, a irmã do morto e um vereador poderoso aparecem para dar informações importantes sobre o que se tornaria um caso de dimensões bem maiores do que Dornelas poderia imaginar. Aos poucos se revela uma complexa teia de interesses envolvendo a política, o tráfico de drogas, a prostituição e a comunidade local de pescadores. A intuição aguçada, a cultura e o conhecimento das forças que movem a natureza humana permitem ao delegado Joaquim Dornelas se mover habilmente pelo emaranhado de fatos e versões que a trama apresenta. O que a princípio seria mais uma investigação na sua carreira, se torna para o delegado uma jornada de transformação pessoal.

                               

                Delegado Dornelas é um homem com bastante experiência de vida, uma intuição aflorada e uma incrível capacidade de memorizar pequenos detalhes, porém nada disso o ajudou em sua vida pessoal que atualmente se encontra em crise. Cansada de ter que conviver com o risco de a qualquer momento perde-lo por causa de sua profissão, principalmente depois de um ultimo acidente em trabalho e de sua negação em deixar o cargo, sua esposa resolve pedir a separação levando seus dois filhos para outra cidade.

Sozinho ele tem que  aprender a remontar sua vida, refazer seus hábitos e aprender a lidar com a solidão sem deixar que isso em nenhum momento atrapalhe sua vida professional. E se isso já não fosse complicado o suficiente, um assassinato envolvendo muito mais do que aparenta se juntará ao seu dia-a-dia apenas para deixar o que já não era fácil, extremamente complicado.

                Por fazer parte de uma cidade pequena, onde raramente coisas grandiosas acontecem,  estranha ao perceber uma multidão parada próxima ao mangue em seu caminho para o trabalho. Consciente de que deve haver algo errado ele apressa o passo e com muito esforço consegue se aproximar do local onde encontra a seguinte cena: um cadáver estirado próximo ao mangue cuja maré está em constante avanço. Sabendo da demora e da burocracia até que a pericia chegue ao local, o que já pode ser tarde demais, juntamente ao fato de não haver tanto tempo ele toma a decisão remover o corpo do local para outro seguro longe da água mesmo sabendo que seria recriminado pelos peritos depois.

“Ele nunca entendeu porque os seres humanos gostam tanto de ver a desgraça da própria espécie transformada em espetáculo.” 

                Sem saber de quem se trata a vitima e sem ferimentos visíveis ou qualquer outra marca além do que parece uma recente retirada de sangue, o Delegado não tem a mínima ideia de por onde começar a investigar. Sem poder fazer mais nada ali, ele deixa um de seus funcionários encarregados de esperar a chegada dos peritos e segue o seu caminho, depois de fazer a devida higiene, para a delegacia.

                É a partir de então que irão começar a surgir as duvidas,  afinal quem seria aquele encontrado no mangue e porque alguém teria algum desejo em mata-lo e como fizeram isso quando aparentemente não há nenhum sinal de luta? Muitas perguntas e nenhuma resposta juntamente com a pressão da mídia e a grande responsabilidade as autoridades de policia somos levados a descobrir e acompanhar a dificuldade que  as autoridades têm por causa das da burocracia brasileira, a saber mais sobre esquemas de corrupção que não existem apenas no governo e  prostituição, pobreza e drogas que as pessoas com menos condições são obrigadas a aceitar para sobreviver.

                Quanto mais o delegado se envolve e remexe nesse considerado ninho de corrupção, mais perguntas surgem e menos questões são respondidas  sem contar as ameaças que ele sofre. Em um pouco mais de 200 folhas somos levados a conhecer mais sobre as dificuldades que se tem muitas vezes para poder resolver certas questões, percebemos o quanto a policia está desatualizada comparada aos bandidos e que apesar de não percebermos existe muito mais coisas acontecendo a nossa volta do que aparentemente está.

“Se as possibilidades não são exploradas com certa pressa, as evidências desaparecem, a culpa adormece na alma do criminoso, a mídia esquece o assunto, a investigação perde o clamor do momento e era uma vez, vira história.”

                Réquiem para um assassino tem a dose certa de suspense e investigação essenciais para uma boa obra policial. Por causa da escrita leve e fluida do autor, mal se dá para perceber o tempo passar de tão envolvidos que somos na obra. Sem contar que o autor consegue através de sátiras encaixadas perfeitamente na obra alfinetar os problemas que infelizmente existem em nossa sociedade.

“Enquanto a Polícia Civil dispõe de revolveres calibre 38 ou 9mm, os traficantes, de fuzis HK-47 para cima.”

                Só posso dizer que o final me deixou com uma tremenda dúvida e extremamente curiosa para saber o que acontecerá depois. Ainda bem que a continuação já foi lançada e espero poder em breve estar conferindo! Recomendo para todos que gostam desse tipo de obra e que definitivamente o autor Paulo Levy é mais um exemplo de talento que a nossa literatura possuí! Eu espero que tenham gostado e aguardo as opiniões e comentários, não deixem de conferir o outro post, aqui, para saber mais detalhes sobre as obras e como adquirir a sua 😉 Por enquanto é só, nos encontramos no próximo post e uma ótima leitura para aqueles que resolverem embarcar nessa deliciosa leitura!

Um super beijo da Brooke.