Resenha: O Despertar do Príncipe – Colleen Houck

outubro 23 2015

Oi, meus amores! Tudo bem? Hoje eu venho falar de um livro cuja autora eu amo e que muitos sortudos tiveram a chance de conhecer pelo Brasil! O livro de hoje é O Despertar do Príncipe da autora Colleen Houck publicado pela Editora Arqueiro. Vamos lá?

                                         

O despertar do príncipe é o primeiro volume da aguardada série Deuses do Egito, uma aventura fascinante que vai nos transportar para cenários extraordinários e nos apresentar a criaturas fantásticas da rica mitologia egípcia. Colleen Houck é autora de A maldição do tigre, série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil. “Os fãs de Rick Riordan vão se divertir com esta fantasia. Uma narrativa incrivelmente bem pesquisada com um ar de mistério e romance.” — School Library Journal Aos 17 anos, Lilliana Young tem uma vida aparentemente invejável. Ela mora em um luxuoso hotel de Nova York com os pais ricos e bem-sucedidos, só usa roupas de grife, recebe uma generosa mesada e tem liberdade para explorar a cidade. Mas para isso ela precisa seguir algumas regras: só tirar notas altas no colégio, apresentar-se adequadamente nas festas com os pais e fazer amizade apenas com quem eles aprovarem. Um dia, na seção egípcia do Metropolitan Museum of Art, Lily está pensando numa maneira de convencer os pais a deixá-la escolher a própria carreira, quando uma figura espantosa cruza o seu caminho: uma múmia — na verdade, um príncipe egípcio com poderes divinos que acaba de despertar de um sono de mil anos. A partir daí, a vida solitária e super-regrada de Lily sofre uma reviravolta. Uma força irresistível a leva a seguir o príncipe Amon até o lendário Vale dos Reis, no Egito, em busca dos outros dois irmãos adormecidos, numa luta contra o tempo para realizar a cerimônia que é a última esperança para salvar a humanidade do maligno deus Seth. Em O despertar do príncipe, Colleen Houck apresenta uma narrativa inteligente, cheia de humor e ironia.

Ano de lançamento: 2015

Avaliação: 5/5

– O deus Seth exige que três jovens de sangue real sejam sacrificados a ele para lhe servir eternamente na vida após a morte. – Heru suspirou pesadamente. – Caso contrário, ele jura que fará chover destruição sobre todo o Egito.

(O Despertar do Príncipe, página 13)

Liliana Young é uma jovem de 17 anos que tem a vida que para alguns pode ser considerada perfeita. Seus pais são ricos e bem-sucedidos, ela vive em um hotel luxuoso com vista para o Central Park e tem tudo que possa desejar, ou melhor quase tudo. Quanto mais se aproxima a hora de escolher um curso da universidade, mas difícil é para ela. Seus pais jamais aceitariam que ela cursasse a profissão que ela realmente gostaria, afinal para eles psicologia não é algo que dará o futuro que eles querem que ela tenha mesmo que o que ela mais ame fazer seja observar os outros e assim imaginar o que se passa com cada um tentando achar modo de ajuda-los.

Para poder ter certa liberdade para explorar e fazer o que gosta na cidade ela precisa seguir algumas regras: suas notas tem que ser sempre boas, ela tem que estar presente e se comportar de maneira adequada nas festas que seus pais vão e suas amizades se resumem apenas a quem eles aceitem e aprovem. Para Lily, a vida que aparentemente tinha tudo para ser perfeita não passa de uma prisão misturado a uma encenação de vida e família perfeita que nada corresponde a realidade.

O lugar preferido da garota é o Metropolitam Museum of Art, onde ela pode sentar e observar diferentes pessoas sem que nada a atrapalhe, mas nesse dia pressionada pelos pais ela só quer ficar sozinha em um lugar para organizar o seu futuro de acordo com o que seus pais a permitiriam. A seção egípcia está em reforma, mas como já é uma presença constante por ali ela consegue a autorização de um dos guardas para ficar por ali e refletir sobre o que precisa. O que ela não imaginava era ter uma surpresa ao ficar por lá.

Ao me virar para ir embora, olhei para baixo e de repente percebi duas coisas: primeiro, que o sarcófago cheio de palha não continha nenhuma múmia; segundo, que a serragem exibia outro conjunto de pegadas além das minhas, pegadas deixadas por pés descalços e que se afastavam do sarcófago.

(O Despertar do Príncipe, página 21)

A cada mil anos três jovens príncipes devem despertar para impedir que o Deus Seth exerça uma grande destruição sobre o povo, no entanto neste ano as coisas mudaram. O príncipe Amon não se encontra onde deveria estar, seus vasos canópicos não estão por ali e sem eles sua força logo irá acabar, sem outra opção ele vê em Lily a sua esperança para conseguir cumprir seu destino. Ela obviamente fica extremamente assustada e tenta fugir, mas já é tarde demais… A ligação entre os dois foi realizada e uma vez feita, não pode ser desfeita.

– Meu corpo agora não precisa delas. Eu ressuscitei, como faço uma vez a cada mil anos.

(O Despertar do Príncipe, página 78)

A vida calma, solitária e plenamente controlada de Lily tem uma enorme reviravolta a partir de então. Incapaz de se separar de Amon e com sentimentos que ela jamais teve por outro ela não vê outra escolha a não ser ajuda-lo, mesmo que para isso ela tenha que sair de sua cidade (Nova York) e viajar até o Egito. A partir de então uma enorme busca terá inicio, o jovem príncipe precisa encontrar e despertar seus irmãos antes que seja tarde demais, mas dessa vez tudo parece cooperar contra eles. Será que ele, juntamente de seus irmãos, irá conseguir realizar a cerimônia a tempo? E o mais importante, será que ele irá conseguir abrir mão do que se passa em seu coração? Só lendo para descobrir.

Não conseguia entender como pudera passar do ódio absoluto – bem, pelo menos o mais perto desse sentimento que eu consegui chegar – à confiança em um sujeito que era uma múmia antiga, com poderes mágicos e tal, e depois a querer que essa múmia antiga me beijasse, tudo em questão de minutos. Cara, eu estava mesmo… fora de mim.

(O Despertar do Príncipe, página 80)

Colleen Houck nós presenteia com mais uma história incrível e cheia de conhecimento. Durante a leitura você irá aprender junto aos personagens tradições, lugares e irá aprender sobre sentimentos verdadeiros e um amor pelo povo capaz de até se sacrificar pelo bem dele. Repleto de reviravoltas, ação e romance você se verá preso nessa obra até conclui-la. Não há como escapar, quando o Despertar acontece você nunca sabe o que poderá acontecer!

– No meu país, a esfinge em geral é representada como homem, mas os gregos acreditavam que a esfinge era fêmea: metade leoa,  metade humana. Gosto mais dessa versão. Uma leoa tem coragem e inteligência. É uma caçadora que provê os filhos de comida. Todos os animais que ela caça tem poder para matá-la, mas ela os caça mesmo assim, porque há outros seres que dependem dela. Ter um coração de esfinge significa ter um coração de leoa. Mas a esfinge é também uma protetora, uma defensora. Quando ela abre suas imensas asas, cria um vento poderoso que afugenta o mal.

(O Despertar do Príncipe, página 86)

Assim com em A maldição do tigre, esse livro é mais do que uma mera história. Mais do que um simples romance é um aprendizado de cultura que foge dos clichê e nos faz lembrar dos famosos filmes de múmia. Tenho certeza que todos que lerem irão gostar, mas já aviso que a continuação ainda não saiu (chorando) e nem tem data ainda prevista. O livro, no entanto, vale a pena mesmo com o sofrimento de ter que aguardar sua continuação!

Espero que gostem e leiam, e que eu tenha chamado a atenção de vocês com a resenha. Não posso falar muito ou darei spoilers e sei que isso não é nada legal u.u Logo leiam e descubram! Ps.: A diagramação está linda.

Um beijo da Brooke