A Árvore da Vida (2011)

abril 23 2016

     Oi pessoal! Meu nome é Meirelles, sou o novo colunista do blog, esse é o meu primeiro post e espero que gostem.

     Para começar escolhi um filme que gosto bastante: A Árvore da Vida. Traçar uma sinopse para ele é muitíssimo complicado devido a sua narrativa não linear e pouco explicativa, por isso é necessário assistí-lo para obter um parâmetro. A direção fica por conta do aclamado Terrence Malick que apesar dos 42 anos de carreira dirigiu apenas sete longa-metragens e A Árvore da Vida foi seu quinto e mais aclamado projeto. O elenco possui nomes de peso como Brad Pitt, Sean Penn (vencedor de dois Oscars) e Jessica Chastain, todos apresentam excelentes atuações.

     O vencedor da Palma de Ouro em 2011, o prêmio principal do Festival de Cannes, e com três indicações ao Oscar (incluindo melhor filme e melhor direção) é difícil de ser digerido, por isso merece ser revisto. O diretor formado em filosofia pela Universidade de Harvard exerce sua formação o filme todo, com um roteiro poético, filosófico e questionador. Deus e o universo são questionados desde o início do filme (quando uma morte é o motivo do desenrolar do longa), mas apesar de ser movido por uma morte The Tree of Life (título original) é uma celebração da vida, não focando no falecido e sim nos sobreviventes.

     A parte técnica é uma das mais importantes, ajudando toda a história a tomar forma. A edição ficou por conta de 5 editores (incluindo o brasileiro Daniel Rezende que trabalhou em Cidade de Deus e Tropa de Elite) que exercem um trabalho sensacional intercalando entre a vida da família O’Brien no subúrbio da cidade de Waco, no Texas e a criação do universo e o seu fim. Todo o trabalho da fotografia ficou por conta de Emmanuel Lubezki que entrega um trabalho belíssimo que é, com certeza, a alma do filme.

     Muitos assuntos são abordados na tela: intrigas familiares, culpa, rigidez, amor, fé, entre outros. Pode-se pensar que A Árvore da Vida trata-se de um filme religioso, mas assisti-lo somente com essa visão pode implicar no seu entendimento. Os personagens em cena estão tentando ao máximo experimentar a vida, cada um com suas pedras no caminho, seja o irmão mais velho que sente-se culpado todos os dias enquanto relembra sua infância com os seus irmãos; a figura paterna que ama a sua prole, apesar da rigidez; a mãe, sempre graciosa e amorosa. Tudo é equilibrado para aproximar o expectador da história.

     No começo do filme vemos um monólogo relatando que há duas maneiras de viver: por meio da graça ou por meio da natureza, porém ao longo da película observamos que um meio complementa o outro. É triste pensar que Heath Ledger (falecido em 2008) interpretaria o Sr. O’Brien, mas Brad Pitt fez um excelente trabalho o substituindo. Ao encerrar-se, o filme deixa muitas perguntas sem respostas, pois é dever de quem está assistindo refletir e respondê-las.

Até a próxima,
Meirelles