Olá pessoal! Como vocês sabem sexta-feira é o dia da Belle postar, mas como estava doente na segunda-feira, ela postou no meu lugar, portante estou postando hoje. Mas semana que vem tudo volta ao normal, segunda-feira eu posto e ela volta sexta-feira.
Um filme com um olhar sensível sobre um tema que ainda é bastante debatido pela sociedade até os dias de hoje. A Garota Dinamarquesa conta a história de Lili Elbe, a primeira mulher a passar por uma cirurgia de mudança de sexo que se tem registro, abordando a relação dela com sua esposa e como ambas lidam com a descoberta e a decisão de Lili de assumir sua identidade como mulher. Além de mostrar Lili antes de sua transformação quando ainda era o pintor em ascensão Einar Wegener.
O filme peca em alguns momentos como o melodrama que o diretor Tom Hooper (vencedor do Oscar por O Discurso do Rei) colocou em cena que é característico do seu cinema e a trilha sonora também exagera em alguns momentos, mas nada que tire o bom desempenho. O roteiro de Licinda Coxon é baseado no romance homônimo de David Ebershoff que inspirou-se no diário de Lili para escrevê-lo. O longa não conta com exatidão a história do casal e muita coisa é modificada devido à sua base ser o livro e não o diário original.
Lili Elbe em 1926 e o ator Eddie Redmayne caracterizado
como a personagem.
A fotografia de Danny Cohen é ótima ao retratar a cidade de Copenhague nos anos 1920. O elenco também é um ponto forte, Eddie Redmayne entrega-se por completo a personagem (sendo indicado os Ocar pelo segundo ano consecutivo) e sua parceira de cena Alicia Vikander está excelente no papel de sua companheira Gerda Wegener, levando o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante na cerimônia de 2016. A atuação de Alicia é tão perfeita que ela chega a roubar a cena e se destacar, a garota dinamarquesa retratada no título pode muito bem referir-se também a ela.
Mesmo recebendo inúmeras críticas da comunidade trans pela escolha de um ator cis gênero para uma interpretar alguém tão importante para essas pessoas, o resultado final da obra agrada. Um filme bom, porém poderia ser melhor, principalmente por contar uma história com bastante conteúdo. Porém, ao seu desfecho, The Danish Girl (título original) mostra que consegue emocionar.
Até a próxima,
Meirelles