Oi, meus amores. Tudo bem com vocês? Depois de ver tanta gente comentando sobre essa obra eu finalmente me rendi e iniciei minhas leituras de fevereiro com ele. E para minha surpresa, realmente é um livro muito bem escrito e que mexe com nossas emoções ao tratar de perdas tão grandes e difíceis. Apesar disso, tenho que dizer que não se tornou favorito e ainda não é meu preferido da autora, mas é aquele livro que você lê e se vê emocionado; onde você se apaixona junto com os protagonistas, então realmente vale a pena. A obra de hoje é O Ar que Ele Respira da autora Brittainy C. Cherry publicado pela Editora Record. Vem comigo conferir mais detalhes sobre essa obra encantadora! 😉
O novo romance da autora de Sr. Daniels.
Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.
Avaliação: 4/5 estrelas
“Nós dois juntos era uma ideia terrível. Éramos instáveis, estávamos destruídos, não havia como negar. Ele era o trovão, e eu, a nuvem escura. Estávamos a segundos de criar uma tempestade perfeita.”
Perder alguém nunca é fácil, ainda pior é ter que seguir em frente como se nada estivesse acontecendo e com todo mundo te acompanhando e julgando pelas coisas que faz ou que não faz. Elizabeth conhece essa sensação como ninguém. Há um ano ela perdeu seu marido Steven, um companheiro incrível, sócio mais que perfeito, amigo para todas as horas e um pai incrível. Inundada pelas lembranças que tinha em sua casa, ela se viu sem saída e fugiu para a casa de sua mãe – apesar de não ter as melhores lembranças ao viver por lá – para passar um tempo por lá junto a sua filha, Emma.
Dede pequena Elizabeth lida com a morte e com as mudanças que ela traz. Com seus próprios olhos ela viu sua mãe se transformar completamente em uma pessoa sem rumo que a cada novo dia possuía um cara novo. Mesmo sem entender muitas coisas aprendeu a lidar com o jeito da mãe, ficando no quarto e ignorando os diversos namorados dela cujo nome ela nem se dava trabalho de decorar por saber que não ficariam por ali por tempo suficiente. Agora, anos depois, ao perder seu marido ela finalmente começa a entender a dor que a mãe sentiu; mas, apesar de ter vontade de desistir de tudo e ficar escondida para sempre, ela sabe que não seria justo com Emma desistir de seguir em frente e deixa-la sozinha.
“Eu a amava mais o que ela poderia imaginar. Se não fosse por ela, com certeza eu teria me rendido ao luto. Emma salvou minha alma.”
É inegável que em diversos momentos Emma é quem mantém a mãe viva e seguindo em frente, ao contrario do que muitos esperariam de uma criança, nos deparamos com uma garotinha que mesmo com tão pouca idade demonstra uma maturidade que muitos adultos não são capazes de ter. Forte e determinada, ela adiciona a obra a lição que por pior que sejam as perdas é possível sim seguir em frente mesmo não tendo mais aquele a quem ama perto; sendo um exemplo para muitos e encantando não só os personagens da história, mas também nós leitores.
Então, decidida a ser a mãe que sua filha merece, cansada de viver no passado e pronta para enfrentar seus fantasmas, Elizabeth, resolve voltar para o lugar que um dia chamou de lar… De volta a Meadows Creek, ela se verá cercada pelos antigos amigos, seu antigo trabalho antes de Steven e lembranças da família amorosa e unida que eles eram. E se tudo isso já não fosse ruim o suficiente, quando logo em sua volta ela se envolve em um acidente com um cachorro com um dono grosseiro, as coisas não parecem muito promissoras para ela.
Tristan Cole é atualmente o rapaz mais falado da cidade, considerado por muitos um esquisitão e até perigoso. Sempre com respostas prontas e grosseiras, um olhar distante repleto de tristeza e agressividade, ninguém se atreve a permanecer muito tempo por perto para descobrir o que existe por trás desse homem solitário que se mudou recentemente para a cidade.
“Às vezes, a pior parte de existir sem a pessoa que amamos é ter que se lembrar de respirar.”
Em um primeiro momento, Lizzie considera Tristan um ser intratável e mais do que insuportável; no entanto, com o passar do tempo e com a convivência forçada, já que ambos descobrem ser vizinhos, ela passa a ver que existe bem mais do que alguém que não quer ninguém por perto. Em um lugar onde tudo parecia permanecer da mesma forma que ela havia deixado há um ano, mesmo que ela houvesse mudado de forma irreversível, ele é como um sopro de ar fresco e alguém capaz de finalmente entender a dor que carrega dentro de si.
“Todos na cidade esperam que eu seja a mesma pessoa que eu era antes de Steven morrer. Mas eu não sei mais ser aquela pessoa. A morte muda às coisas.”
Ambos lidam diariamente com uma dor que chega a sufocar dentro de si por perderem aqueles a quem mais amaram na vida, mas quando estão juntos finalmente conseguem respirar novamente. Para todos o envolvimento entre os dois é o maior erro possível, mas para eles é a única forma de se sentir vivo novamente… Mas será que é possível permanecer juntos, se entregar da forma mais profunda e permanecer vivendo uma mentira? E se não, será que eles estão prontos para começar um relacionamento sendo quem são?
“As pessoas falam muito e se atrevem a dar conselhos sobre como superar o luto.Elas dizem que você não deve namorar por anos, que deve esperar o tempo passar, mas a verdade é que não existe tempo para o amor. A única coisa que importa para o amor é a batida do seu coração. Se você ama, não deixe isso te atrapalhar. Apenas se permita sentir novamente.”
Em O Ar que Ele Respira iremos nos deparar com uma história que está longe de ter personagens perfeitos em uma vida maravilhosa. Brittainy irá mostrar as partes mais feias e imperfeitas de um ser humano ao ter que lidar com a morte e o que vem depois dela. Quando se tem cicatrizes que nunca se apagarão, é possível seguir em frente e recomeçar? Tristan e Elizabeth perderam aqueles que significavam o mundo para eles, mas irão aprender que sempre é possível recomeçar!
Um beijo