Oi, meu povo! Tudo bem com vocês? Eu sei que estou sumida e quase que eu não consigo publicar essas primeiras impressões no tempo, porque é época da faculdade e estou há 1 mês na correria. Mas quando eu li essas páginas de Lacrymosa da autora Juliana Daglio eu sabia que não tinha como não vir comentar com vocês por dois motivos: primeiro que eu não sou acostumada a ler histórias nesse estilo mais dark (e geralmente elas não me cativam tanto), mas fiquei completamente apaixonada; e segundo que é uma história que mexe tanto com tabus, com o bem e a verdadeira face do mal que é impossível que você, ao ler, não passe a se perguntar sobre muitas coisas e conceitos que tinha… Diferente de tudo que eu já encontrei na literatura, a autora conseguiu criar uma história que ao mesmo tempo que te dá aquele frio na barriga de medo, te deixa ávido por mais! Confiram mais detalhes a seguir:
O nome dela não é Valery Green. Também não nasceu no Kansas, e sua família
toda não morreu num acidente de carro onde ela foi a única sobrevivente. Nascida num
mundo de trevas e segredos apocalípticos, a garota feita de mentiras luta dia após dia para
ter uma vida longe de sua verdadeira identidade e de seu dom misterioso, o qual ela julga
como uma maldição.
Por cinco anos, ela conseguiu. Escondida na pacata Darkville, tornou-se uma
respeitada Detetive, conhecida por sua frieza e eficácia no trabalho. Seu companheiro
Axel parece ter orgulho de trabalharem juntos, até ficar frente a frente ao que encontraram
na busca daquela noite – um demônio dentro de uma garotinha.
Para ajudar a pequena Anastacia, Valery terá que colocar em risco o trabalho na
polícia e seu relacionamento com Axel, recorrendo à ajuda do Padre Henry Chastain, um
velho conhecido. Desenterrando um passado cheio de exorcismos, perseguições e
batalhas contra demônios, esse reencontro não promete ser feito de abraços e boas-vindas.
Chas, como ela o chama, é conhecido como o maior Exorcista vivo – a Espada de Sal do
Vaticano, e é sua única esperança de lutar contra o novo inimigo, mas também representa
o ponto fraco de si mesma e o acesso a um passado doloroso que pode despertar seus
próprios demônios interiores.
Juliana Daglio mostra que não está para brincadeira quando desde a primeira página nos injeta em uma trama que mostra que a carga emocional não será pequena e onde os medos não tem o menor espaço.
Você já se deparou com o Mal? Não aquele mal pequeno, nem aquelas maldades com o intuito de brincadeira idiota, mas o verdadeiro mal? O que não resiste a uma porta destrancada, a pegar crianças inocentes para transforma-las em marionetes para seu bel-prazer, aquele sobre o qual muitos temem falar sobre o mal ou até refletir sobre ele com medo de atrair. Alguma vez na vida você já se deparou com ele? Ou prefere nunca fazê-lo, se possível?! Mas e se isso não fosse uma opção? E se desde sempre você estivesse condenada e ligada a ele de forma a senti-lo da forma mais profunda e cruel? Você aguentaria? Escute a canção, deixe ela te penetrar, preste atenção as notas, as mudanças de tom… porque Lacrymosa não é uma história bela, mas te fará entender sobre a você a verdadeira face do mal!
Em um mundo bom, aos 16 anos, tudo com que uma adolescente normal teria que se preocupar é como os pais fazem tudo para tornar a vida dela um inferno. Em um mundo bom ela não teria que está prestes a fugir de casa, em plena madrugada, deixando para trás aqueles que mais ama, pois caso não o faça, poderá trazer mortes para todos os que estão próximos a ela. Em um mundo bom as coisas poderiam ser diferentes, mas no mundo real a vida de Valery Green está longe de ser associada a esse mundo!
Um novo nome, uma nova vida é dada a Valery aos 16 anos. O nome pelo qual todos a conhecem não é seu verdadeiro nome, seu verdadeiro nome? Não sabemos. Valery Green nasceu no momento em que tudo que ela amava foi deixado para trás, pelas mãos de um homem desconhecido que a levou até seu novo lugar, seu recomeço. Green é tudo que ela conhece agora, sem passado, sem apegos, sem amores, mas com a companhia sempre presente do mal que nunca a deixou em paz e que cada vez mais parece sua atenção.
Agora, anos depois, e já uma temida detetive por todos ao seu redor, ela se encontra de licença depois de um pequeno surto que teve em um caso onde ela teve que tirar a vida de alguém para salvar outra – algo que todo policial é obrigado a fazer em algum momento da carreira; mesmo acostumada a isso, as mortes, algo ali estava diferente e mesmo sem entender o porque ela sabia que não era um resquício de sua consciência. No entanto, quando seu parceiro – Axel – surge com um novo caso requisitando sua ajuda, ela mal poderia imaginar que estava indo justamente em direção ao que mais queria se afastar.
Todos estão certos de que George Benson matou sua esposa com resquícios de crueldade e mantem sua pequena filha, Anastacia, como sua mais nova vítima. No entanto, assim que os dois chegam a casa abandonada da propriedade Benson e Valery se depara com ela, ela sabe que o pai não tem nada haver com os machucados e a morte. Aquilo que ela intitula do Verdadeiro Mal está em posse do corpo da Anastacia, e ela sabe que não é forte o suficiente sozinha para fazer com que ele a deixe em paz.
Correndo o risco de revelar tudo que sempre manteve escondida e voltando a sofrer efeitos que há muito tempo não possuía, Valery terá que arrumar um jeito, junto daquele que cuidou dela quando ela não poderia contar com mais ninguém, revelando a todos a sua volta e principalmente a você – leitor, a verdadeira forma do Mal que está longe de ser aquela que muitos acreditam saber ou conhecer…
Lacrymosa é o tipo de história que mexe com seus sentimentos e te leva a ficar agoniada e temorosa com o que vem a seguir. Inusitado, diferente e completamente sombrio, essa é uma história que se encaixa perfeitamente nas histórias mórbidas e arrepiantes sem aqueles clichês exagerados que vemos por ai. Tratando acerca de um tema tabu, Demônios, a autora Juliana Daglio conseguiu criar uma obra que é eletrizante, repleta de mistérios e nem um pouco convencional; no entanto, sem perder a essência de sua escrita fácil e envolvente capaz de levar o leitor para dentro da trama.
Confesso que no inicio eu estava bem receosa sobre a obra e que só solicitei as primeiras páginas por já conhecer os outros trabalhos da autora; mas ao final das trinta páginas recebidas eu só conseguia pensar que precisava do livro o mais rápido possível, com altas expectativas e com a certeza de ter encontrado um novo gênero para a lista de preferidos.
Não espere encontrar uma bela história ou algo bonitinho, aqui a verdade é escrita e exposta de maneira realista, onde o mal é realmente algo cruel e terrível capaz de se utilizar até mesmo de pequenas crianças para seu fim. Você será capaz de suportar as verdades que essa história irá expor a você? Lacrymosa não é uma história para qualquer um, mas que conquista até mesmo aqueles que não imaginam ser capaz de se verem envolvidos em meio a horror, música e muito mistério.
Uma obra mais do que recomendada e que faz jus ao que promete, entregando ao leitor uma obra que você poderá acabar odiando ou amando (como eu), mas sem jamais se sentir indiferente a suas páginas.
Sobre o Livro: Lacrymosa é uma história contada em um livro só, embora seu universo
abra possibilidades para a criação de novos plots e ganchos para novas aventuras. Escrito
em um ano e meio, foi editado pela Agencia Increasy e passou por lapidações com a ajuda
de Coachs Literárias. O gênero claudica da fantasia dark, ao terror, com pitadas de
romance e um drama psicológico intenso, narrado do ponto de vista de seus protagonistas.
A mitologia foi embasada em diferentes fontes de religião, história e teorias, construindo
uma premissa com ideias próprias, criadas na mente dessa autora que vos fala.
Um beijo